domingo, 14 de novembro de 2010

A toda e qualquer pessoa que já se fez amar

O amor jamais acaba. Dele nada se perde e tudo se transforma.
O amor, porém, não é feito de matéria. Não é visível, não é palpável, nem mensurável. E quão frágil pode ele parecer.
Entretanto não se pode destruí-lo, apenas amenizá-lo, modificá-lo, reutilizá-lo, doá-lo, transportá-lo.
Descremos disso quando existe dor, ódio, mágoa,orgulho, rancor. Mas esses são apenas vícios, muito pequenos diante da "antimatéria" que é o amor e, inegavelmente, quando superamos nossos vícios, estará lá ele, a aparecer fulgurante novamente.
Não é ele algo que se pertença à alguém pois, sinto-me condicionada a acreditar, nós é que pertencemos a ele. Cada percurso, cada pessoa diante dele está marcada e sentenciada a o disseminar.
Aprendi isso quando percebi que meus melhores amigos tornaram-se melhores amigos dos meus melhores amigos...
Sinto-me feliz porque foi exatamente isso que aconteceu e agora sinto ainda mais vontade de amar.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Águia

Estará você mais uma vez a observar
Quando o Sol cair, quando o nevoeiro chegar
Águia ávida, sentinela inerte
Respiração nula, espião, interprete
Jogarei seu jogo de contar segredos
De ler pensamentos e desvendar meus medos
Blefaraei teu nome
Em minha última cartada
Águia de olhos cortantes esse é teu caminho
Além das cinzas sua lenda está guardada
Mas Águia, não se esqueça, ainda és feita de pena
Por isso foge do fogo, que tuas asas não renascerão
A crueldade está lacrada na mais primorosa das almas
Assinarás teu óbito ao ter minha certidão.

...mais uma ave para esta gaiola, perdoe-me a sordidez...

Poema de retribuição