Onde está aquele brilho? O brilho que vi inumeras vezes quando me olhava, pulgindo, acertando-me, me fazendo sorrir, te fazendo gargalhar.
Restou-me apenas o olhar vazio, distante, com medo de me dirigir.
Onde está aquele sorriso, que me arrancava sorrindo, malicioso, despretencioso, o melhor de meu ser?
Só encontro dentes vazios quando me vê.
Onde está sua felicidade, sua capacidade, sua vontade, o pulsar do seu coração?
Talvez escondido, ferido, esquivo, sem luz.
Quizera eu poder destruir quem um dia lhe fez perder esse brilho.
Quizera eu libertar-te desse sono, onde perdeu-se inerte, onde te vejo afogar.
Quizera eu encontrar seu agressor, arrancar-lhe cada gota de amor e lhe entregar.
Quizera eu poder, pois não posso. Não posso eu mesma me aniquilar.
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